sábado, 6 de maio de 2017

Marine Le Pen deve vencer as eleições francesas neste domingo


(...)pelo menos, é isso que apontam as tendências de voto que eu e André Andrade analisamos numa matéria completíssima, para o Senso Incomum.
Por que acreditarmos nisso?
Em resumo, pelo seguinte:
1 – O eleitorado de Jean-Luc Mélenchon é formado, em sua maior parte, por operários que votaram pela proteção de seus empregos e contra o “mercado global”, representado por Emmanuel Macron e todos aqueles que o apoiam. Este eleitorado deve, em alguma medida, migrar para Le Pen, pois não se trata de um voto totalmente ideológico.
2 – O eleitorado de François Fillon ainda é composto por muitos conservadores gaullistas (seguidores da linha de Charles de Gaulle, que priorizam a herança cultural francesa) e católicos. Os dois grupos têm grandes problemas com Macron e tendem a votar em Le Pen, contra o candidato globalista. Os primeiros, por se oporem à diluição da França na União Européia; os segundos, por saberem que Macron sustenta pautas morais inaceitáveis e que sua eleição representa mais cinco anos de islamização da França.
3 – O voto de contestação ao establishment está muito forte nestas eleições. Como Macron é visto – e Le Pen tratou de enfatizar bastante isso – como um ex-Ministro de Hollande, um banqueiro e alguém que se aliou com todas as raposas velhas das tradicionais esquerda e direita francesas, a tendência de voto contrário a ele por simples contestação ao estamento burocrático também se verifica.
4 – Tanto na extrema-esquerda, quanto no centro e na direita, existem largos setores que compartilham com Marine Le Pen uma plataforma eurocética. O voto contra a União Européia, se somados todos os candidatos que propuseram isso, é avassalador. A candidata de Front National tem condições de colher parcelas desses votos que, no cômputo final, farão toda a diferença.
5 – Marine Le Pen fez um bom trabalho no segundo turno, ajustando seu discurso para obter respaldo junto ao eleitorado gaullista de Fillon. Nomeou Dupont-Aignan, conservador gaullista e candidato derrotado pelo Debout la France, como seu primeiro-ministro, demonstrando maturidade política e capacidade de concessão, pelo bem maior da França, um ato que foi clara sinalização aos setores conservadores ainda desconfiados do seu partido.
6 - Quanto ao eleitorado de Jean Luc-Mélenchon, o convite da extrema-esquerda à abstenção deve favorecer a candidata de Front National, pois seriam votos naturalmente contrários a ela, com os quais Macron não poderá contar. E, destes votos, ainda há aqueles que votarão em Le Pen, tratados no item 1.
Essas e outras tendências, minuciosamente delineadas no nosso artigo, se confirmadas, nos permitem apostar numa vitória apertada de Marine Le Pen, talvez entre 51-52% dos votos.
Contudo, existe um problema: perder a França é uma perspectiva horrível para a elite globalista ocidental. Depois do Brexit e de Trump, uma nova surpresa seria inaceitável. Por esse motivo, os globalistas estão atuando de forma ostensiva para fraudar as eleições. São muitas as denúncias de fraude, também tratadas no artigo. Esta tendência negativa, incontrolável e de alcance imprevisível, certamente poderá prejudicar Marine Le Pen e, talvez, seja o seu maior -- ou único -- obstáculo nesse momento. Portanto, muita cautela quanto a esse ponto é necessária.
Resta torcer para que as tendências se confirmem e o povo francês saia para votar – e rezar para que sejam em número maior que a fraude já em ação.
Link para a nossa análise no Senso Incomum: http://buff.ly/2pKQoNK

Texto do comentarista Político e Jurista Taiguara Fernandes.

5 comentários:

  1. Interessante, muito interessante. Eu imaginava esse cenário, não não tinha maiores elementos para concluir por ele.

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  2. Desejo que esta previsão se realize pelo bem da França e do Ocidente

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  3. Verdade. Foi uma vitória acachapante. Parabéns para a Le Pen kkkkkk

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  4. A direita necessita de voltar ao poder, que​ O ALTÍSSIMO CRIADOR confiou outrora,mas o homem mal,egoísta,cego,corrupto,etc..prevaricou,, louvando e servindo a um deus impostor..

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  5. A Le Pen é a direita que a esquerda gosta: abortista. Ser direita não é ser cristã. Abram os olhos: não se confundam.
    Pobre França que não teve opção. A apostasia tem seu preço. E é caro.

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