terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Novo arcebispo de Cracóvia celebra Versus Deum


Via: Salvem a liturgia

O novo arcebispo de Cracóvia, e terceiro sucessor de São João Paulo II naquela diocese, tomou posse no último dia 28. Na cerimônia celebrada na catedral de São Wenceslau e Santo Estanislau e concelebrada por diversos bispos e cardeais esteve presente uma multidão de fiéis e também o presidente da república polonesa. O arcebispo fez uso do rationale, um antigo paramento usado sobre a casula pelos prelados de certas dioceses pro privilégio papal desde o século X. O altar usado foi o altar-mor da igreja, unido a um belíssimo retábulo. Abaixo as fotos da belíssima celebração do site da arquidiocese de Cracóvia.










domingo, 29 de janeiro de 2017

Dom Fellay: "Acordo precisa apenas do carimbo"


Em entrevista ao programa Terres de Mission da TV Francesa Libertes, Dom Fellay (Superior da Fraternidade Sacerdotal São Pio X) disse que o acordo com a Santa Sé necessita apenas ser carimbada. O novo preambulo Doutrinal exige apenas a profissão do Credo Niceno-Constantinopolitano e exclui a aceitabilidade do Vaticano II como noticiou vários portais de notícias a algum tempo atrás. 


Assista a entrevista completa: 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=wckvRsgz2II



IMAGENS: Novo prelado do Opus Dei

Imagens da Missa Solene de posse do novo Prelado do Opus Dei Mons. Fernando Ocáriz e também do Congresso Eletivo que o elegeu. Apesar de não ser Bispo o Prelado pode usar insignias episcopais por força do Oficio que exerce. Talvez em breve o Papa Francisco o faça Bispo. 
















sábado, 28 de janeiro de 2017

PROFANAÇÃO: Nossa Senhora Aparecida no Carnaval 2017

Com as bençãos da Arquidiocese de São Paulo e do Santuário Nacional de Aparecida a escola de samba Unidos da Vila Maria irá levar Nossa Senhora da Conceição Aparecida para o desfile 2017 dizendo que se trata de uma homenagem. O que mais espanta é que quando algumas jovens modestas começam a usar o véu para imitar Nossa Senhora logo são rechaçadas  e perseguidas pelas autoridades eclesiásticas. Já  para a profanação e o desrespeito a Mãe de Deus o mais profundo silêncio e até aplausos. 

O Castigo do Senhor chegará, cedo ou tarde, aí daqueles que favorecem estas iniquidades. 


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Grão-mestre da Ordem de Malta renuncia ao cargo

Por Edward Pentin, National Catholic Register, 24 de janeiro de 2017 | Tradução: FratresInUnum.com: O grão-mestre dos Cavaleiros de Malta renunciou após uma disputa entre a Ordem e a Santa Sé, confirmou o porta-voz da antiga organização.
Segundo o porta-voz, Fra’ Matthew Festing renunciou após o papa Francisco pedir-lhe que deixasse o posto em um encontro na terça-feira, segundo a Reuters.
“O Papa lhe pediu que renunciasse e ele concordou”, declarou o porta-voz, acrescentando que o próximo passo seria uma formalidade em que o Conselho Soberano da ordem aprovaria a renúncia extremamente incomum. Normalmente, os grão-mestres ocupam o posto de modo vitalício.
A Ordem agora será administrada por seu número dois, o Grão-comandante, até que o novo líder seja eleito.
A Ordem de Malta e o Vaticano entraram em um embate, no mês passado, quando Fra’ Festing demitiu o Grão-chanceler Albrecht Freiherr von Boeselager, a terceira maior autoridade da Ordem. Pediu-se que Boeselager renunciasse e, quando ele se recusou por duas vezes, ocorreu a demissão justificada por insubordinação.
A razão ostensiva por trás do pedido de renuncia apresentado a Boeselager foi a de que ele foi considerado, em última instância, o responsável, após uma comissão de investigação, por permitir que contraceptivos fossem distribuídos pela agência humanitária da Ordem. Porém, a Ordem também alega ter havido outros fatores “confidenciais” em jogo, bem como uma “perda de confiança”.
Boeselager protestou contra as acusações e argumentou contra a forma como se deu sua demissão. Ele apelou ao Papa, que erigiu uma comissão de cinco membros para investigar as circunstâncias incomuns da demissão. Fra’ Festing recusou a cooperar, afirmando que a comissão estava interferindo na soberania e no direito da Ordem de gerir seus assuntos internos.
Também por trás da disputa estava acusações de uma ambiciosa associação alemão competindo pelo controle da Ordem, acusações de que o Grão-mestre estava sendo excessivamente autoritário, e conflitos de interesse entre os membros da comissão da Santa Sé.
Três membros da comissão, juntamente com Boeselager, estiveram envolvidos em uma doação recebida de $118 milhões por um fideicomissio na Suíça. Apesar de a documentação comprovar o contrário, o fideicomissio negou qualquer ligação com a Ordem.
Via: Fratres In Unum

Padres suspensos de Ordem por negar a Comunhão a adúlteros

As orientações de Malta se centram nas consciências dos civilmente casados que se apresentam na Missa para receber a Eucaristia. Não se faz menção da consciência do sacerdote que tenta seguir a lei da Igreja tal como está contida no Código de Direito Canônico

CHURCH MILITANT | Tradução Frei Zaqueu – GOZO, Malta (ChurchMilitant.com) – 

Os sacerdotes de Malta serão os primeiros clérigos que enfrentam uma suspensão por rejeitar a Sagrada Comunhão aos católicos divorciados “recasados” fora da Igreja.
O bispo Mario Grech, da diocese de Gozo, Malta, está dizendo que despojará todos os sacerdotes de suas faculdades sacerdotais que não sigam suas novas diretrizes, alegando que está seguindo as diretrizes da exortação papal Amoris Laetitia. Segundo os informes, tomou esta severa posição ao regressar esta semana de sua visita a Roma. Segundo a imprensa alemã, D. Grech ameaçou seus sacerdotes com a suspensão a divinis se se negam a cumprir.
As diretrizes D. Grech co-publicadas em 8 de janeiro com o Arc. Charles Scicluna, da arquidiocese de Malta, são: “Se … uma pessoa separada ou divorciada que vive em uma nova relação pode … reconhecer e crer que ele ou ela está em paz com Deus, não pode ser excluído da participação nos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia"
As orientações de Malta se centram nas consciências dos civilmente casados que se apresentam na Missa para receber a Eucaristia. Não se faz menção da consciência do sacerdote que tenta seguir a lei da Igreja tal como está contida no Código de Direito Canônico.O Canon 915 ordena que aqueles que “perseveram obstinadamente em pecado grave manifesto não sejam admitidos à Santa Comunhão”. Este juízo se baseia na situação objetiva do casal, chamada foro externo, e é completamente independente de seu sentimento subjetivo de culpa, que é parte do que se chama o foro interno.

Um canonista experimentado, o Dr. Ed Peters, enfatizou recentemente que a Santa Madre Igreja manda os sacerdotes seguirem este cânon e não admitir os casais que vivem publicamente em estado de pecado mortal objetivo à Sagrada Comunhão:
Ao administrar a Sagrada Comunhão a um membro fiel, os sacerdotes católicos estão obrigados, não pelas diretrizes supostamente elaboradas a partir de um único, ambíguo e altamente controvertido documento papal, mas pelo texto claro de outro documento papal, chamado Código de Direito Canônico (especialmente o Cânon 915 do mesmo), e pela interpretação comum e constante de tais normas através dos séculos.
Em uma entrevista em maio passado, o Card. Raymond Burke, patrono dos Cavalheiros de Malta, qualificou de “grave injustiça” que os bispos ordenassem a seus sacerdotes que fizessem esta mesma coisa que em consciência não podiam fazer.
“Se alguém diz ao sacerdote que tem que fazer estas coisas, simplesmente deve rejeitá-lo e enfrentar as consequências”, disse.
Via: Sensus Fidei

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Papa Francisco confirma eleição de Mons. Fernando Ocáriz como prelado do Opus Dei

No final da tarde de hoje, o Papa Francisco nomeou Mons. Fernando Ocariz prelado do Opus Dei . O Santo Padre confirmou a eleição realizada pelo terceiro congresso eletivo da Prelazia no mesmo dia.


No final da tarde de hoje, o Papa Francisco nomeou Mons. Fernando Ocariz prelado do Opus Dei . O Santo Padre confirmou a eleição realizada pelo terceiro congresso eletivo da Prelazia no mesmo dia.
Com esta nomeção, Mons. Fernando Ocáriz, que até agora era o vigário auxiliar do Opus Dei, torna-se o terceiro sucessor de São Josemaría à frente da prelazia, depois do falecimento de Mons. Javier Echevarría, em 12 de dezembro do ano passado.
Mons. Fernando Ocariz nasceu em Paris em 27 de Outubro de 1944, filho de uma família espanhola no exílio na França pela Guerra Civil (1936-1939). Ele é o caçula de 8 irmãos.
O Santo Padre confirmou a escolha feita pelo terceiro congresso eletivo da Prelazia neste dia.
Formou-se em Física pela Universidade de Barcelona (1966) e em teologia pela Pontifícia Universidade Lateranense (1969). Obteve o doutorado em Teologia em 1971 na Universidade de Navarra. Nesse mesmo ano foi ordenado sacerdote. Em seus primeiros anos como um sacerdote dedicou-se especialmente à pastoral juvenil e universitária.
Desde 1986 é consultor de diversos organismos da Cúria romana: Congregação para a Doutrina da Fé (desde 1986), Congregação para o Clero (desde 2003) e o Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (desde 2011).
É membro da Academia Pontifícia de Teologia desde 1989. Foi nomeado Vigário Geral da Prelazia do Opus Dei no dia 23 de Abril de 1994.
Na década dos oitenta foi um dos professores que começou a Universidade Pontifícia da Santa Cruz (Roma), onde era (hoje emérito) professor de Teologia Fundamental.
Nas suas publicações tratou preferencialmente temas de Filosofia e Teologia. Entre os livros que escreveu encontram-se: The mystery of Jesus Christ: a Christology and Soteriology textbookHijos de Dios en Cristo. Introducción a una teología de la participación sobrenatural; Amor a Dios, amor a los hombres; El marxismo: teoría y práctica de una revolución; Voltaire; Tratado sobre la tolerancia; Naturaleza, gracia y gloria. Além disso, é co-autor de numerosas monografias. Em 2013 foi publicada uma extensa entrevista dada a Rafael Serrano sob o título Sobre Deus, a Igreja e o mundo.
Via: Opus Dei

A Polêmica das Carruagens Episcopais

A LOUCURA DO DIRETO DA SACRISTIA

Família Real Britânica usando Carruagem

Depois da nomeação de Dom Aldo Pagotto como Capelão da Ordem de Santa Maria e do seu registro de Armas uma polêmica surgiu na internet. Isso porque o Tribunal de Armas da Casa Principesca de Mesolcina concedeu a permissão para o Arcebispo poder colocar seu brasão em "[...]selos, anéis, carimbos, palácios, casas, capelas, oratórios, túmulo, carruagens e demais veículos[...]". O Tribunal realizou algo que faz desde o século XII e apenas por confirmar uma tradição dos Tribunais Heráldicos foram ridicularizados pela famosa página "Direto da Sacristia" que não poupou palavras ao criticar. Como se isso gera-se uma febre de uso de carruagens(Risos, rsrs), claro que ninguém defende que um Bispo saia de casa de carruagem no meio do transito de nossas cidades, seria loucura, mas mais loucura ainda é colocar em primeiro lugar a praticabilidade do que a força dos sinais externos. Se assim o fosse as Forças Armadas não usariam mais espadas em suas cerimônias já que as Armas de Fogo já as substituíram em sua função social. 


Assim nada impede que o Bispo ou qualquer outra pessoa com registro de Armas possa colocar seu brasão em todos os veículos que possuir e quiser usar, inclusive em Carruagens ou Automóveis. Particularmente eu acharia sensacional um Bispo chegar de Carruagem na Missa Crismal, caso as circunstâncias físicas o favorecesse.

Papamóvel com o Brasão do Santo Padre

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

"O Ocidente tornou-se o túmulo de Deus", denuncia o Cardeal Sarah



"A verdadeira crise que enfrenta o nosso mundo agora não é essencialmente económica ou política, mas uma crise de Deus e ao mesmo tempo uma crise antropológica", escreve o Cardeal Robert Sarah prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, numa reflexão publicada na última edição da revista 'Vita e Pensiero', divulgada hoje. "Claro, hoje falamos apenas da crise económica: no desenvolvimento do poder da Europa - depois das suas orientações religiosas e éticas originárias - o interesse económico tornou-se determinante e cada vez mais exclusivo."

"A cultura ocidental - escreve Sarah - foi gradualmente sendo organizada como se Deus não existisse: muitos hoje decidiram prescindir de Deus. Como diz Nietzsche, para muitos no Ocidente, Deus está morto E fomos nós que O matámos, nós somos os seus assassinos e as nossas igrejas são as criptas e os túmulos de Deus.

Um grande número de fiéis já não as frequentam, já não vão mais à igreja, para evitar sentir a putrefacção de Deus; mas ao fazê-lo, o homem já não sabe quem é nem para onde deve ir: há uma espécie de retorno ao paganismo e idolatria; a ciência, a tecnologia, o dinheiro, o poder, o sucesso, a liberdade até o amargo fim, os prazeres sem limites são, hoje, os nossos deuses."

É, então, necessário alterar a perspectiva, explica o cardeal guineense: "Devemos recordar que é em Deus que vivemos, nos movemos e existimos (At 17, 28). É n'Ele que tudo subsiste. Ele é o Princípio, n'Ele habita toda a Plenitude, diz-nos São Paulo; fora d'Ele nada existe: tudo encontra o seu próprio ser em Deus e a sua própria verdade, ou Deus ou nada.

Certo, existem problemas enormes, situações muitas vezes dolorosas, uma existência humana difícil e angustiante; ainda assim, devemos reconhecer que é Deus que dá sentido a tudo. As nossas preocupações, os nossos problemas, os nossos sofrimentos existem e preocupamo-nos, mas nós sabemos que se resolvido n'Ele, sabemos que é Deus ou nada, e percebemo-lo como uma evidência que se nos impõe não a partir do exterior, mas do interior da alma, porque o amor não se impõe pela força, mas seduzindo o coração com uma luz interior."

Matteo Matzuzzi in Il Foglio

Via: Senza Pagare

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A Crise Ariana e a controvérsia da Amoris Laetitia: Um paralelo

Via: Blog do Padre Marcelo Tenório/Traduzido por Frei Zaqueu

Um renomado acadêmico compara ambas situações
PROF. CLAUDIO PIERANTONI
As reflexões que seguem derivam sua origem de uma coincidência bastante curiosa. Nos primeiros dias de abril deste ano, em efeito, na Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Santiago do Chile se pôs em movimento um grupo de estudo sobre a controvérsia ariana.
Na primeira reunião do grupo refletiram sobre a extraordinária rapidez com a que a controvérsia suscitada pelo presbítero alexandrino Ario no ano 318 ou 319 [d. C.], aparentemente reprimida com a condenação deste por parte de Alexandre (o bispo da metrópole), se difundiu rapidamente na Palestina, e desde ali e em poucos anos incendiou todo o Oriente romano, obrigando inclusive o imperador Constantino a convocar um concílio ecumênico para resolvê-la. Aparentemente se trata só de um punhado de frases imprudentes sobre a relação do Filho com o Pai, mas que puseram a descoberto profundas diferenças doutrinais existentes no episcopado, e desencadearam uma polêmica evidentemente latente há muito já instalada.
Pois bem, justamente nesses mesmos dias de abril de 2016 se publicou a exortação apostólica “Amoris laetitia”, e pouco tempo depois […] apareceram as reações do cardeal Burke e as do cardeal Müller, e começou a polêmica. Não passou muito tempo para compreender que o incêndio que se estava propagando rapidamente, justamente como nos tempos de Ario, era de vastas proporções, apesar das modestas aparências de basear-se só em um par de notas imprudentes ao pé da página, das que o Papa afirmava que nem sequer as recordava.
Me pareceu então natural começar a fazer um paralelo entre as duas crises. […] Em efeito, os dois momentos podem ser vistos em analogia, porque em ambos casos muitos católicos percebem uma intervenção importante do magistério como em conflito com a doutrina anterior. E ademais, em ambos casos se percebe um silêncio ensurdecedor da hierarquia da Igreja Católica, naturalmente com suas exceções.
Quanto ao conteúdo, as duas crises são certamente diferentes. No primeiro caso, o tema da discórdia é estritamente teológico, referido ao fundamento da doutrina cristã sobre o Deus uno e trino, enquanto que no segundo caso é teológico-moral, referido principalmente ao tema do matrimônio.
Não obstante, me parece que o elemento principal que aproxima as duas crises é o fato que ambos afetam a um pilar da mensagem cristã, que se é destruído a mensagem mesma perde sua fisionomia fundamental. […]

  1. Paralelo entre as duas crises, nos documentos doutrinais 
Desde o ponto de vista dos documentos doutrinais, o elemento paralelo que maiormente chama a atenção é o carácter de ambiguidade presente nas fórmulas filo-arianas dos anos 357-360 d. C.
Em efeito, […] a minoria filo-ariana, ainda estando no poder, não se arriscou a propor uma posição que se opusesse muito claramente à visão tradicional. Não diz expressamente que o Filho é inferior ao Pai, mas utiliza uma expressão genérica, “semelhante” ao Pai, que podia prestar-se a diversos graus de subordinacionismo. Em síntese, ainda estando no poder, a minoria filo-ariana tenta esconder-se.
De modo análogo, a atual exortação apostólica “Amoris laetitia”, no famoso capítulo VIII, não nega abertamente a indissolubilidade do matrimônio, a afirma explicitamente. Mas na prática nega as consequências necessárias que se derivam da indissolubilidade matrimonial, e o faz através de um discurso sinuoso e enviesado, com formulações que abarcam uma gama de posições diferentes, algumas mais extremas, outras mais moderadas.
Por exemplo, diz que “em alguns casos” poderia dar-se a “ajuda dos sacramentos” às pessoas que vivem em uniões “chamadas irregulares”. Não se dizem quais são estes casos, por isso a partir do texto podem se dar ao menos quatro interpretações, das quais as mais restritivas são obviamente incompatíveis com as mais amplas. Por claridade interpretativa, é então útil classificá-las com base no distinto grau de amplitude, partindo da mais restritiva até a mais extensa:

  1. Sobre a base do princípio de continuidade hermenêutica, a expressão “em alguns casos” deveria interpretar-se como referidos aos casos especificados nos documentos do magistério vigente, como “Familiaris consortio”, a qual diz que se pode dar a absolvição e a comunhão eucarística nesses casos nos que os conviventes prometem conviver como irmão e irmã.

Esta interpretação tem desde já um princípio hermenêutico fundamental, o qual poderia parecer irrefutável, mas essa interpretação está refutada pela nota 329, que afirma de forma explícita que justamente este comportamento (isto é, a convivência como irmão e irmã) seria potencialmente daninho, por isso há que evitá-lo.

  1. “Em alguns casos” pode interpretar-se em sentido mais amplo como referido à certeza subjetiva da nulidade do matrimônio anterior, supondo que por motivos particulares não é possível prová-la em um tribunal.

Em tais casos poderia dar-se certamente que em segredo de consciência não haja culpa na nova união: isto poderia ser visto, no plano da doutrina moral, de forma concorde com “Familiaris consortio”. Mas se mantém uma diferença fundamental no plano eclesiológico: a Eucaristia é um ato sacramental, público, não que não possa tomar-se em consideração uma realidade em si mesma invisível e publicamente incontrolável.

  1. “Em alguns casos” pode interpretar-se, mais amplamente ainda, como referido a uma responsabilidade subjetiva menor ou também nula, devido a ignorância da norma, ou bem à incapacidade de compreendê-la; ou também a uma “força maior”, na que alguma circunstância especial pode ser tão forte como para “forçar” a uma convivência “more uxorio”, que então não constituiria culpa grave; mais bem, inclusive, segundo o documento, o abandono da convivência poderia fazer incorrer em uma culpa mais grave.

Aqui temos já sérios problemas também de teologia moral. Ignorância e incapacidade de compreender podem limitar efetivamente a responsabilidade pessoal, mas parece incongruente, por não dizer contraditório, invocá-las neste discurso, no que se fala de um itinerário e de um discernimento “acompanhado”, os quais são processos que precisamente deveriam culminar na superação dessa ignorância e incapacidade de compreender.
Quanto à força maior, não é para nada obvio, mais ainda é contrário a toda a tradição e a importantes pronunciamentos dogmáticos que ela possa justificar o não cumprimento da lei divina. É verdade que não se pode excluir a priori que possa existir circunstâncias particulares, nas que a situação pode mudar a espécie moral de um ato externamente igual, também consciente e voluntário. Por exemplo, o ato de subtrair um bem de alguém não pode configurar-se como furto, mas como ato de um pronto socorro a uma pessoa ou como um ato direto para evitar um mal maior. Mas ainda supondo, sem concedê-lo, que isto possa aplicar-se ao adultério, o que aqui impede decididamente uma justificação deste gênero é o carácter de permanência do comportamento objetivamente negativo: o que é justificável em um momento pontual, de emergência, não pode sê-lo em uma situação estável, conscientemente elegida.

De todo modo, se mantém firme também o princípio eclesiológico pelo qual em nenhum caso pode fazer-se magicamente visível a nível público o que por sua natureza pertence ao segredo de consciência.

  1. Na interpretação mais extensa de todas, “em alguns casos” pode ampliar-se até incluir todos esses casos – que são além disso esses casos reais, concretos e frequentes que todos temos em mente – nos que se dá um matrimônio pouco feliz, que fracassa por uma série de mal-entendidos e incompatibilidades e aos quais lhes segue uma convivência feliz, estável no tempo, com fidelidade recíproca, etc. (cf. AL 298).

Nestes casos, pareceria que o resultado prático, em particular a duração e a felicidade da nova união contra a brevidade e infelicidade da anterior, pode interpretar-se como uma espécie de confirmação da bondade e, em consequência, legitimidade da nova união. Neste contexto (AL 298) se silencia qualquer consideração sobre a validez do matrimônio anterior e sobre a incapacidade de compreender e sobre a força maior. E em efeito, quando mais adiante (AL 300) se passa a considerar o tipo de discernimento que deverá fazer-se nestes casos, resulta ainda mais claro que os temas em discussão no exame de consciência e no arrependimento respectivo não serão outros que o bom ou mal comportamento frente ao fracasso matrimonial e o bom êxito da nova união.

É claro aqui que o “arrependimento” que há que considerar não se refere em absoluto à nova união em presença de uma união legítima anterior; pelo contrário, se refere ao comportamento durante a crise anterior e as consequências (no melhor dos casos) da nova união sobre a família e sobre a comunidade.

É então evidente que o documento tenta ir mais além, tanto dos casos nos que se tem certeza subjetiva da invalidez do vínculo anterior, como também dos casos de ignorância, de dificuldade para compreender e de força maior ou de suposta impossibilidade de cumprir a lei.

Agora bem, é suficientemente claro que se a medida válida para julgar a licitude da nova união é, em última instância, seu êxito prático, sua felicidade visível e empírica, contra o fracasso e a infelicidade do matrimônio anterior – licitude que obviamente se supõe para receber a absolvição sacramental e a Eucaristia –, a consequência inevitável é que agora o matrimônio anterior é considerado implicitamente, e também publicamente, sem efeito e, em consequência, dissolvido: isto é, o matrimônio é dissolúvel. Deste modo, na Igreja Católica se introduz de fato o divórcio, enquanto que se continua afirmando de palavra sua indissolubilidade.

É também suficientemente claro que se o êxito do novo matrimônio basta para estabelecer sua licitude, isto inclui a justificação praticamente de todos os casos de nova união. Em efeito, se se tivesse que demonstrar que a nova união carece de êxito, não subsistirá o estímulo para justificá-la e se passará ainda a uma união ulterior, na esperança de um êxito maior. Em suma, esta e não outra é precisamente a lógica do divórcio.
Disto se pode logo deduzir que a discussão sobre casos que poderíamos chamar “intermediários”, isto é, os situados entre a posição tradicional e a mais ampla – que como temos mostrado inclui de fato todos os casos –, se por uma parte permite a muitos, mais moderados, reconhecer-se em uma ou outra gradação e, em consequência, pode ter um valor “tranquilizador”, pelo contrário, desde o ponto de vista prático termina por ser muito pouco relevante. Em efeito, em essência e em linhas gerais, o documento outorga carta branca para resolver a grande maioria das situações reais com um critério muito mais simples e em linha com a mentalidade dominante em nossa civilização: em uma palavra, está perfeitamente em linha com a ideologia do divórcio.
Voltando ao nosso paralelo, tudo isto lembra muito proximamente a política do imperador Constâncio, ao buscar uma expressão suficientemente genérica que se propusesse manter contentes as muitas posições diferentes. Na controvérsia ariana, o caráter genérico da expressão “semelhante ao Pai segundo as Escrituras” encontra uma perfeita confirmação no carácter genérico da expressão “em alguns casos” que encontramos em “Amoris laetitia”. Em teoria, é possível reconhecê-lo em quase todas as posições.
Como consequência, as situações resultam análogas também quanto ao resultado prático. Da mesma maneira que quase todo o episcopado do império aceitou a fórmula de Rimini-Constantinopla do 359-60 d. C., assim também hoje a esmagadora maioria do episcopado tem aceitado sem queixar-se o novo documento, ainda sabendo que isto legitima de fato uma série de posições incompatíveis entre elas, algumas das quais é manifestamente herética.
Hoje em dia muitos bispos e teólogos acalmam sua própria consciência afirmando, tanto em público como a si mesmos, que dizer que “em certos casos” os divorciados que se “recasaram” podem receber os sacramentos não é em si errôneo e pode interpretar-se, em uma hermenêutica da continuidade, como em linha com o magistério anterior. Justamente da mesma maneira os antigos bispos pensavam que não era em si errôneo dizer que “o Filho é semelhante ao Pai segundo as Escrituras”.
Mas em ambos casos, se bem em uma e em outra fórmula tomada isoladamente se pode reconhecer uma ampla gama de posições, no contexto dos respectivos documentos é muito claro que a posição ortodoxa, verdadeiramente em linha com o magistério anterior, é precisamente a que é justamente excluída. […]
No caso de “Amoris laetitia”, isto se leva a cabo:
– com a negação da formulação de “Familiaris consortio” sobre a abstenção da convivência “more uxorio” como condição do acesso aos sacramentos;
– com a eliminação dos limites anteriores entre certeza da consciência e normas eclesiológicas sacramentais;
– com a instrumentalização dos preceitos evangélicos da misericórdia e do não julgar, usados para sustentar que na Igreja não seria possível a aplicação de censuras gerais a determinados comportamentos objetivamente ilícitos;
– e por último, ainda que não menos importante, censurando duramente a quem tivesse a “mesquinha” e “farisaica” pretensão de invocar normas jurídicas precisas para julgar qualquer caso individual, que pelo contrário deve ser rigorosamente deixado ao discernimento e ao acompanhamento pessoal.
Deste modo, ainda com a boa vontade de respeitar um princípio hermenêutico certamente válido – o da continuidade com os documentos anteriores -, se corre o risco de olvidar outro princípio ainda mais importante e evidente: o do contexto imediato no que se formula uma proposição.
Se se lê as afirmações particulares de “Amoris laetitia” não isoladamente, mas em seu contexto, e o documento por sua vez é lido em seu contexto histórico imediato, se descobre facilmente que a “mens” geral que o guia é essencialmente a ideia do divórcio, além da ideia hoje difundida de não colocar limites claros entre um matrimônio ilegítimo e uma união irregular. […]
  1. Paralelo entre as duas crises, no desenvolvimento histórico
Também se pode advertir um paralelo evidente desde o ponto de vista do desenvolvimento histórico da heresia ariana. Se assiste a sua preparação durante a segunda metade do século terceiro; ao fazer-se pública, é condenada pelo Concílio de Niceia, mas no Oriente, pelo contrário, recebe uma rejeição generalizada. Não obstante, a rejeição de Niceia é mais moderada em uma primeira fase, e o arianismo verdadeiro e genuíno é tolerado somente como um mal menor, mas pouco a pouco esta tolerância lhe permite retomar vigor, até que dadas as favoráveis circunstâncias políticas chega ao poder. Uma vez alcançado este, sente contudo a necessidade de camuflar-se: não se expressa de forma franca e direta, mas em uma forma indireta, apoiando-se sobre a pressão e a intimidação pública. Mas o fato mesmo de impor-se, ainda quando o arianismo era uma minoria, sobre uma maioria covarde e indecisa, o expõe de todos os modos a uma refutação muito mais forte e clara por parte do setor mais ortodoxo e consciente do episcopado que prepara, de forma gradual mas inexorável, a derrota definitiva nas duas décadas que seguem.
Analogamente, no caso da heresia atual, que a causa do nome de seu expoente principal podemos chamar “kasperiana”, temos assistido a uma lenta preparação, a partir da segunda metade do século XX. Se fez pública e foi condenada nos documentos de João Paulo II (sobretudo em “Veritatis splendor” e “Familiaris consortio”). Mas desde um setor do episcopado e da teologia culta estes documentos foram rejeitados de forma mais ou menos aberta e radical, e a práxis ortodoxa foi omitida em amplas e importantes zonas da catolicidade. Esta rejeição foi tolerada amplamente, tanto a nível teórico como prático, e desde ali adquiriu força, até que, dadas as circunstâncias favoráveis, políticas e eclesiásticas, chegou ao poder. Mas apesar de haver alcançado o poder, o erro não se expressa de forma franca e direta, senão melhor através das não de todo claras atividades sinodais (2014-2015), e desemboca logo em um documento apostólico exemplar por sua tortuosidade. Mas o fato mesmo de haver chegado a aparecer em um documento magisterial suscita uma indignação moral e uma reação intelectual muito mais forte e dinâmica, e obriga a todo aquele que tem os instrumentos intelectuais a repensar a doutrina ortodoxa, por uma formulação ainda mais profunda e clara de sua parte, para preparar uma condenação definitiva não só do erro pontual examinado, mas também de todos os erros vinculados a ele, que chegam a incidir sobre toda a doutrina sacramental e moral da Igreja. Ademais permite, e isto não é pouco, pôr a prova, reconhecer e também reunir os que aderem verdadeira e solidamente ao depósito da fé.
Podemos dizer que esta é justamente a fase na que nos encontramos neste momento. Recém começou e se preanuncia não privada de obstáculos. Não podemos prever quanto durará, mas devemos ter a certeza da fé de que Deus não permitiria esta gravíssima crise se não fosse para um bem superior das almas. Será certamente o Espírito Santo o que nos dê a solução, iluminando este Papa ou a seu sucessor, talvez também através da convocatória a um novo concílio ecumênico. Enquanto isso, cada um de nós está chamado, na humidade e na oração, a dar seu testemunho e sua contribuição. E a cada um de nós certamente o Senhor nos pedirá contas.
Fonte: Chiesa
Fonte: http://panoramacatolico.info/articulo/la-crise-ariana-y-la-controvérsia-por-amoris-laetitia-un-paralelo

Eles estão nervosos [Caso Cardeal Müller]

Por Frei Gerúndio Via: Adelante La Fé / Tradução e Adaptação: Instituto Bento XVI



Antigamente dizíamos  ter os nervos a flor da pele ou simplesmente estar nervoso, para explicar a situação de que  tem especial irritação e por isso pode raciocinar de forma inadequada[...]

Pois bem, nem acabou direito as celebrações da Epifânia com o Batismo do Senhor e já se iniciou uma campanha feroz e bem orquestrada, para que não finalize esta Serie iniciada com a Amoris Laetitia, antes de acabar a primeira temporada, assim como as series famosas da televisão. 

Francisco segue dando pontapés para todos os lados na Santa Marta. No dia-a-dia indiretas, avisos, alfinetadas e pontadas. Porém sem referir-se diretamente ao acontecimento que lhe preocupa e lhe põe nos nervos. Se trata de advertir aos rebeldes, a partir de cima. 

E por outra parte manda a seus cães para ir destruindo seus inimigos antes de que eles apareçam[...]

O Cardeal Müller disse agora que "Não há  com o que se preocupar porque neste momento não existe perigo para a fé e que por tanto está descartada uma correção do Papa" esquecendo ele o que tinha dito a alguns meses atrás, com sentido completamente diferente. Alguém afirmou com razão que o Cardeal fechou os olhos para aquilo que já defendeu no passado. Com os enganadores e farsantes sempre existe o mesmo problema, pois não sabemos se mentiu na primeira fala ou na segunda, embora sabemos que mentem sempre. Já escrevi a muito tempo minhas primeiras impressões sobre este prefeito da Congregação para Doutrina da Fé e vejo que não tinha caminhado equivocadamente em tudo. 

Por outro lado, estes mesmos dias um outro diário digital, cujo editor conheço disse "Fontes consultadas confidencialmente e que colaboraram em alguns dicastérios da Cúria Romana afirmaram que o Papa Francisco não quer neste momento que a Congregação para Doutrina da Fé responda as dúbias dos quatro Cardeais. Uma das razões seria por prudencia para evitar um mal maior dentro da Igreja Católica". 

Ou seja, estas fontes consultadas estão muito seguras das instruções do Papa Francisco. Porém os quatro Müller, mas sim para o próprio Papa Francisco, bastaria que ele respondesse Sim ou Não as Dúbias para se evitar um mal maior dentro da Igreja, que agora mesmo está  assombrada ao ver que o Sumo Pontífice aprova que os que vivem em Adultério recebem a Sagrada Comunhão. 

O que é mais prudente? Que Francisco não conteste?[...] Admira-nos ver a preocupação por um mal maior dentro da Igreja em meio da tormenta que estamos sofrendo. 

Isto me recorda um sucesso corrido em minha comunidade nos primeiros anos após o Concilio, tanto se melhorou e renovou as Ordens Religiosas que metade dos Frades e Monjas terminaram casados ou fora das Clausuras[...]

A postura de Francisco está clara, creio eu. Não há outra saída senão olhar as instruções dada por Francisco para sua antiga Arquidiocese com a  aplicação da Amoris Laetitia em sua plenitude, e em seguida lermos a sua carta aos Bispos Argentinos que diz "Esta é a única Interpretação da Amoris Laetitia" Está claro como um Cristal, porém esta claridade declarada ante a mídia levaria diretamente a problemas gravíssimos. Por isso a necessidade de soltar os Cães para buscar os que querem (Supostamente) "Dividir" a unidade da Igreja (Risos)

Esta perseguição Pós-Epifania demostra que eles estão com os nervos a Flor da Pele. Frei Malaquias disse que não vai acontecer nada, porque os Cães não vão soltar suas presas e o mal pastor tem o controle de seu canil. Porém insiste que isso é só questão de tempo porque com Deus não se brinca. 

Tudo isso enquanto os Bispos da Espanha celebram a Festa da Sagrada Família com o subsidio litúrgico da Amoris Laetitia[...]

(Todos os créditos de Tradução ao Instituto Bento XVI)

() - Acréscimo do Tradutor

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Cardeal Burke explica como será a correção do Papa

Via: Catholicvs/Tradução e Adaptação: Instituto Bento XVI

Como indica o titulo desta postagem, e em claro contraste com as palavras ditas pelo Cardeal Muller no Programa de Televisão italiano "Stanze Vaticane", do Canal TGCOM24 e comentado durante todo o dia em páginas católicas na Internet, o Cardeal Burke afirmou em uma recente entrevista, que a ''Amoris Laetitia" Se supõe como um perigo para a Fé e que se fará a correção do Papa. Ademais disse que não teme perder a Púrpura Cardinalicia, mas sim que teme o juízo de Deus. A entrevista se deu ao periódico The Remnant  publicada no dia 09 de Janeiro.

 

No Domingo passado(08 de Janeiro) o Cardeal Muller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em uma entrevista entrou em contradição com sua postura previa(A respeito das Dúbias). Assegurou que não se fará a correção do Papa a curto prazo porque no existe perigo para a fé "Uma correção fraterna ao Papa me parece muito distante, neste momento não é possível, por que não há nenhum perigo para a fé".  

O Cardeal Burke, ademais, voltou a reiterar que a "Amoris Laetitia" não é um documento magisterial, como indica o mesmo Papa Francisco no documento. Segundo Burke, algumas afirmações confusas do documento embora não sejam heréticas materialmente necessitam ser esclarecidas, porque podem induzir os fieis ao erro em questões muito sérias. Para ele se não chegar um esclarecimento por parte do Papa o resultado será devastador.

E quanto ao medo de perder o Barrete Cardinalício, Burke assegurou que conhece qual seu dever e que não teme dizer a verdade. Disse temer estar defronte a Nosso Senhor no juízo final e ter que dizer: "Não te defendi quando estavas sendo atacado e a verdade que tu ensinastes estava sendo traída".

Ao ser perguntado se a situação atual se parece com o tempo da heresia Ariana no Século IV, disse que de certo modo sim: "Agora está em jogo as verdades da fé: As que se refere ao Sacramento do Matrimonio e as que se refere ao Sacramento da Eucaristia. E se a confusão atual for preservada, chegará um momento que haverá setores amplos de fieis sem a Fé Católica, como  se encontrava quando Santo Ambrósio foi nomeado Arcebispo de Milão. 

E em relação sobre quando e como seria essa correção formal, o Cardeal Burke declarou que não seria muito diferente das "Dubias", em outras palavras aquelas verdades que parecem ser postas em questão pela Amoris Laetitia simplesmente se confrontaria com o que a Igreja tem ensinado, praticado e anunciado sempre em seu magistério oficial, desta maneira os ditos erros serão corrigidos. 

(Todos os direitos de Tradução pertencentes ao Instituto Bento XVI)